quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Malas

Oh-là-là!
Madabe B. faz as malas!

segunda-feira, 4 de maio de 2009

S.O.S.

Ontem eu quase chorei lendo um teste do suplemento para homens da Cosmo ("que tipo de homem ideal é você?").

Não sei se estou tendo uma variação hormonal, se voltei a acreditar em príncipe encantado ou se estou virando emo.

quinta-feira, 30 de abril de 2009

Voltar

Voltei com a cabeça mais longe do pescoço,
os pés cheios de rastros, os olhos em todos os lugares e o coração inchado.

terça-feira, 10 de março de 2009

Acontece

Em uma série de infortúnios por causa dos quais eu deixei de ir 
à natação e minha irmã passou para me buscar, acabamos com
o engate do carro dela debaixo do pára-choque do carro de trás.
Para seu desespero e o constrangimento geral, ao engatar a ré para tirar seu carro
estacionado do lugar, o engate encaixou embaixo do pára-choque do malfadado Vectra.
Desci do Ka da minha irmã e segui os três (ela e dois amigos aos quais havíamos oferecido carona), que foram admirar o estrago e o dilema.
Não sabíamos o que fazer, e havia testemunhas: pelo menos o segurança
da escola de inglês do outro lado da rua e o menino com cara de assustado
na frente de um sebo fechado. 
Foi decidido que minha irmã aceleraria o carro, enquanto nossos amigos
fariam pressão do lado de fora e eu, peso do lado de dentro. Foi mais esse infortúnio
desastroso que levou abaixo metade do pára-choque do velho Vectra.
Aí, sim, tínhamos um dilema.
Escrevi um bilhete de desculpas, deixando no pára-brisa do desconhecido nosso telefone para que pudéssemos "resolver o problema".
No caminho para casa, o acontecido foi o suficiente para catalisar na minha irmã o sentimento de culpa e vergonha e a certeza de que o universo conspira contra sua felicidade automobilística. 
"Acontece", foi o consolo que encontramos.
"'Acontece, acontece': é só o que todo mundo sabe dizer. Acontece...", ela disse lembrando do seu histórico como motorista; "Enfiar o carro na traseira de outro, acabar a bateria, queimar a luz do painel... acontece..."
O máximo que encontrei foi: "mas até com o Hamilton acontece".
Ainda estamos esperando a ligação do dono do Vectra caindo aos pedaços,
como chamou minha mãe. Ela, aliás,
já preparou o discurso para quando o infeliz ligar: "Põe a culpa nele. A melhor defesa é o ataque".
Talvez a gente diga: "é, acontece."

sábado, 7 de março de 2009

Amor nos tempos do .com

Estava com minha irmã numa lan house em Santo Antônio do Pinhal,
uma cidade minúscula que em poucos meses passou a ter de uma a pelo menos
cinco lan houses na mesma avenida principal, numa tentativa de ocupar a 
cabeça vazia dos adolescentes com jogos, msn e orkut.  
Era Carnaval, e as cabeças vazias estavam ocupadas com o axé e o álcool da festa
organizada pela prefeitura na praça da rodoviária.
Eis que entra na lan house um velhinho com cara de avô. Ele estava de shorts
e tênis, e parecia um daqueles simpáticos senhores que ocupam seu tempo
com alongamentos e caminhadas matinais - e, aparentemente, com internet.
Deixamos o velho em paz, até que minha irmã não resistiu espiar
a tela em que ele navegava: ParPerfeito.com, num cuidadoso estudo
do perfil de uma senhora que tivera coragem de enfeitar sua página
com uma foto sorridente. 

Ah, no meu tempo...